
Somos mulheres, aposentados, entregadores, doentes, pobres, trabalhadores, pretos, professores, mortos, homossexuais, alunos, cubanos, poetas, índios, presos, idosos, estudantes, artistas, jornalistas, reitores, quilombolas, socialistas, cartunistas, prostitutas, nordestinos, umbandistas, deficientes, gordos, favelados, ciganos, pensionistas, chineses, escritores…
Somos todos Geni, com um governo homofóbico, transfóbico, xenófobo e com preconceitos linguístico, racial, cultural, de classe e de gênero.
Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Com uma semana repleta de flagrantes da violência cometida pela PM de São Paulo, a juíza Inês Marchalek Zarpelon, de Curitiba, completa o quadro do preconceito, racismo e discriminação institucional ao condenar um réu primário e negro em razão de sua raça. No trecho em que condena Natan Vieira da Paz, de 42 anos, a juíza escreveu: “Sobre a sua conduta social, nada se sabe. Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente (sic)”.
“Numa sociedade racista, não adianta não ser racista, nós devemos ser antirracistas”
Ângela Davis, professora e ativista estadunidense.
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