
O ministro Luís Roberto Barroso (STF) deu a “Wizard” o direito de não responder a perguntas que impliquem autoincriminação (não produzir prova contra si mesmo) e o dispensou de dizer a verdade no depoimento.
Ou seja, a qualquer pergunta que poderia incriminá-lo, ele tem o direito de não responder ou responder com uma mentira.
Assim sendo, podemos imaginar as seguintes perguntas e possíveis respostas:
Pergunta: o senhor tem conhecimento de corrupção na compra de vacinas pelo governo federal?
Resposta 1: não respondo, pois posso me autoincriminar. Resposta 2: não (mentira).
Pergunta: o senhor tem interesse econômico nas compras de vacinas pelo governo federal?
Resposta 1: não respondo, pois posso me autoincriminar. Resposta 2: não (mentira).
Pergunta: o senhor sabe se o presidente Bolsonaro tem conhecimento da corrupção na compra de vacinas?
Resposta 1: não respondo, pois posso me autoincriminar. Resposta 2: não (mentira).
Pergunta: o senhor sabe se o presidente, além de conhecimento, tem interesse na compra de alguma vacina?
Resposta 1: não respondo, pois posso me autoincriminar. Resposta 2: não (mentira)
Pergunta: o senhor participou de reuniões com o presidente Bolsonaro e/ou membros do governo para divulgar o chamado “tratamento precoce” e a utilização de remédios sem eficácia contra a Covid-19?
Resposta 1: não respondo, pois posso me autoincriminar. Resposta 2: não (mentira).
Pergunta: o senhor está deixando de responder ou mentindo na CPI para ocultar informações que poderiam colocar o presidente na cadeia?
Resposta 1: não respondo, pois posso me autoincriminar. Resposta 2: não (mentira)
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Acho que assim, ele nem precisa ir lá. Vai gastar muita gasolina de quase 7 reais (nós é que pagamos do nossa pobre bolsinho).
Assim sendo, envie uma foto dele para os membros da CPI com uma única palavra no verso da mesma: “Não!”
Fica mais barato!
Pra nós.
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